CANCRO DA MAMA:
(Manuela André)
2006:
1 de Março à tardinha - Fui fazer uma mamografia de rotina
(pensava eu!!!)

A Dra que me fez a mamografia chamou-me com ar grave e perguntou-me se eu tinha antecedentes de mulheres na família com cancro na mama ao que eu respondi, sem hesitação, que não.
(Uma espécie de desconhecimento automático…)
Informou-me que eu tinha um nódulo na mama direita com 1,8 mm e teria de ir ao IPO a uma consulta.
- Bloqueei… Desapareci… Calei-me durante uma semana!

Como não se pode fugir à realidade reuni os exames radiológicos e lá marquei a consulta em Oncologia!

17 de Março - Apresentei-me à hora marcada e acompanhada pela minha filha que nesse dia fazia 32 anos.
A médica informou-me que tinha um cancro na mama, que teria de ser operada.
- Nesse dia o mundo ruiu!

-Operada a um cancro?
-Ficar sem mama?
-Dar incómodo aos filhos?
-Pôr os afectos na prateleira?
-E o sofrimento seria suportável?
10 de Maio Internada na Maternidade Byssaia Barreto - oncologia e preparada para a operação.
À minha volta circulavam batas brancas, vultos envoltos em roupão, macas conduzidas por pessoas silenciosas e muito apressadas…
Uma das macas era para mim…
- Lá fui eu… adormeci…

Acordo mais tarde num quarto com quatro camas e três senhoras a conversar baixinho…
- Não percebi nada do que se estava a passar!

A pouco e pouco acordo e apercebo-me que:
- Já tinha sido operada
- A cama em que estava seria o meu “poiso” nos próximos dias
- Levei a mão ao peito e pareceu-me que a mama ainda lá estava
- Tentei erguer-me mas não consegui…

Os dias seguintes são tempos muito difíceis e de muita ocupação:
- Higiene matinal, visita da equipa médica, refeições, e a partir das 14 h uma espécie de romaria, a visita dos familiares e amigos.

Os dias que se seguem são característicos dum hospital:
- Quando já conseguia deambular pelo corredor fui percebendo que:
- cada quarto tinha quatro mulheres
- cada mulher estava para ser operada e ou em recuperação … e o mais grave é que a população era constituída por mulheres e maioritariamente muito jovens.
- Tenho alta…

Recordam-me que tive muita sorte, algumas recomendações e o conselho para:
Estar muito feliz porque:
- Fiquei com a minha mama,
- O processo foi um sucesso
- Apenas teria de fazer 30 tratamentos de radioterapia
E mais importante:
- Presentemente já não se morre de cancro da mama!!!
E eu acreditei!!!...
Fim de ciclo

Agosto do mesmo ano:
De 2ª a 6ª tratamento de radioterapia:
- A população aqui já muito diversificada:- Homens, mulheres e crianças…
E de facto, havia muito pouca gente com bom aspecto.

Entrada na câmara e ficar completamente isolada do mundo, apenas ouvindo uma voz que informava:
- Não respire… Pode respirar…

E muito frequentemente ir ao gabinete médico para observação, apalpação, recomendações e reformulações…
- Queres ver que isto não é uma “coisa passageira?...

De Agosto a Julho de 2007 fui às consultas periódicas e lá vinha munida de mais uma receita, mais meia dúzia de exames, mais perguntas e:
- As dores a intensificarem-se, principalmente nas costas

Com muitas dúvidas que ter um cancro na mama não era muito grave mas ainda a querer sentir-me viva, fui fazer uma viagem a uma cidade europeia…
- Regressei… mas muito doente e quase incapacitada!

Setembro 2007:
Fui chamada para uma consulta na maternidade.
A equipa de médicas que me acompanhavam, estavam com ar grave:
- Perguntam-me como me sinto e eu lá relatei os incómodos e as dores nas costas.

Exames laboratoriais, ressonância magnética e na semana seguinte tenho a confirmação que “ o processo” não estava terminado.
- O seu cancro ter-se-á deslocado para a coluna, os seus marcadores tumorais estão muito elevados:
- Vamos fazer uma séria de tratamentos de quimioterapia…

Muitos conselhos, muitas recomendações e para rematar:
- D. Manuela isto não é o fim do mundo. Há inúmeras senhoras a fazer estes tratamentos.
Isto não é o fim do mundo!
Eu sabia…

Mas saí do hospital certa que íamos iniciar uma nova etapa de luta contra o cancro e na certeza que eu iria perder…
/…/

Parei em Leiria e fui comprar produtos biológicos. O “senhor” que me atendeu e na sequência da conversa sobre boa alimentação, boa saúde e o desabafo que ia iniciar, no próximo mês, os tratamentos de quimio… disse-me, muito sereno, que:
Sabia onde poderia recuperar a saúde e curar-me da maleita...

No dia seguinte, às nove da manhã estávamos a caminho de Lisboa para ir a uma consulta na Clínica do Dr. Figueiredo – biólogo e naturólogo.
Na consulta tudo foi inesperado:

O tal Dr. Figueiredo não levantava a voz, não falava de curas milagrosas, não disse que um cancro era capaz de não ter importância nenhuma…
- Observou, ouviu-me, questionou-me, fez uma pausa e disse:
- De facto, o caso é grave, mas já curei muitos cancros. Se estiver interessada em iniciar os tratamentos terá de ser já, porque temos que reforçar o organismo contra a doença…
- Eliminação de toxinas, oxigenoterapia, alimentação respeitando o grupo sanguíneo, luta contra o stress…

Não vamos ter tempo de evitar o 1º tratamento de quimio (que estava marcado para daí a um mês) mas talvez consigamos evitar o 2º...
Fiquei petrificada!

No estado em que estou, vou morrer. Já vivi 65 anos.
Valerá a pena iniciar a luta?
Regressámos a Leiria e eu tinha decidido iniciar os tratamentos!
Para quê?
- Para viver a vida a que eu tivesse direito
- Não incomodar aqueles que amo
- Evitar tanto quanto possível o sofrimento terminal do cancro
(Esta realidade até as formigas conhecem!)

No dia seguinte iniciei as viagens a Lisboa, os tratamentos e a luta contra um inimigo que eu queria vencer!
Sem desânimos, sem queixumes, sem hesitação!

13 de Outubro - 8 da manhã
Byssaia Barreto, secção de quimioterapia
- Tirar sangue para análise
- Pequeno almoço
10 H – Entrada para a sala de quimio…
Não se pode fugir, convém não gritar e muito menos desistir!

O braço esquerdo “artilhado”,. seringa a caminho do braço…e eis que entra uma enfermeira chamando por uma senhora e que a mesma teria de ir falar com a médica.
Diga-me, por favor, o que andou a fazer?
Os seus marcadores tumorais desceram dez pontos e eu não posso mandar fazer-lhe o tratamento.
Desculpe tê-la incomodado, mas o seu caso é para nós, inexplicável.
Espero por si no próximo mês de Fevereiro…
Não vou relatar o que senti, porque é inenarrável!!!

- Dr. Figueiredo fui dispensada da quimio… Sou a sua paciente Manuela, estou em Coimbra!...
- Então embarque no intercidades e ainda faz o tratamento hoje!!!
Não fui!!!

À laia de conclusão:
De Outubro de 2007 a Agosto de 2010: - Aprendi a comer conforme o meu grupo sanguíneo
- O oxigénio atingiu e conservou os níveis normais
- Deitei-me centenas de vezes na marquesa para tratamentos múltiplos
- Tomei um número incontável de cápsulas de suplemento alimentar
E
- Não fiz um único tratamento de quimio
- Suspendi medicação para dores e indisposições várias
- Fiz recuperação óssea, melhorei a visão, desapareceram nódulos na tiróide
- E os marcadores tumorais desceram para valores normais

CONCLUSÃO:
NÃO SABEM DO CANCRO!
MATÁMO-LO?

2 comentários:

  1. Em relação à Oxigenoterapia.....
    A Oxigenoterapia consiste na administração de oxigénio numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera. É utilizada para corrigir a deficiência de O2.
    A utilização da oxigenoterapia deve ser feita de modo criterioso, considerando seus efeitos fisiológicos e deletérios, assim como suas indicações e contra indicações.
    A determinação de gases arteriais é o melhor método para averiguar a necessidade e a eficácia da oxigenoterapia.
    A indicação da oxigenoterapia deve ser feita, primariamente, quando existir:
    Hipoxemia- Pao2 menor que 60mmHg e/ou SatO2 menor que 88-90% em ar ambiente (FiO2 21%).
    É indicado p/ adultos, crianças e lactentes c/ mais de 28 dias de vida, p/ corrigir a hipoxemia aguda, reduzir os sintomas associados a hipoxemia crónica e diminuir a carga de trabalho imposta pela hipoxia ao sistema cardioplumonar. É indicada também para traumatismos graves, angina instável, recuperação pós-anestésica de procedimentos cirúrgicos e insuficiencia respiratória crónica agudizada.
    Quando o mecanismo que desencadeou a hipoxemia é intrapulmonar, níveis altos de O2 suplementar podem não ter efeito maior sobre a PaO2.
    A anemia também resulta na redução da CaO2, mas a PaO2 e a SatO2 podem permanecer normais. No tratamento usual, o objectivo é aumentar o nível de hemoglobina com transfusões de hemáceas.
    PERIGOS E CONTRA-INDICAÇÕES

    Efeitos tóxicos do O2:

    O tempo e as concentrações de O2 dependendo da forma administrada, podem levar a disfunções pulmonares devido a alterações no SNC, cardiovascular, pela liberação de radicais livres e até mesmo por efeitos citotóxicos.

    Efeitos deletérios:
    - Depressão do sistema respiratório e aumento da PCO2
    - Atelectasia por absorção
    - Diminuição da capacidade vital, pela redução ao estímulo respiratório
    - Aumento do efeito shunt
    - Alteração da relação V/Q
    - Redução do surfactante
    - Desidratação das mucosas

    Toxidade do O2 em relação ao tempo de exposição (FiO2 100%):

    Lesões agudas
    - 12 - 24 horas – traqueobronquite, tosse seca, redução da CV, dor subesternal, diminuição da atividade mucociliar.
    - 24 - 36 horas – parestesias, náuseas, vômitos, diminuição acentuada da CV, alteração da síntese protéica nas células endoteliais.
    - 36 - 48 horas – diminuição da complacência pulmonar, capacidade de difusão e aumento de diferença arterio- alveolar de O2
    - 48 - 60 horas - inativação do surfactante, edema alveolar por aumento da permeabilidade - acima de 60 horas: SARA e morte.

    Relação Oxigenoterapia e Cancro

    A utilização de oxigenoterapia aplica-se às DPOC (Doenças Pulmonares Obstrutivas Crónicas), por motivos óbvios...entre estas doenças o cancro do pulmão está directamente envolvido.
    Como refere a Prof. Dra. Maria Christina Lombardi Machado - Doutoura em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Coordenadora dos Programas de
    Oxigenoterapia Domiciliar do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo UNIFESP/ EPM/ LESF, "(...)Os pacientes com obstrução do fluxo aéreo têm uma maior incidencia
    de cancer de pulmão que os
    pacientes com o fluxo aéreo normal. Logo o DPOC estão entre as
    doenças com maior risco para
    desenvolver cancer de pulmão, chegando na literatura entre 5 a 9%
    destes doentes. Logo boa
    parte dos pacientes com cancer de pulmão apresentarão hipoxemia e
    indicação de ODP.Nos casos avançados o ODP será muito importante na melhora da
    qualidade de vida, apesar
    de não interferir no tempo de sobrevida.(...)"

    A melhoria da qualidade de vida de um paciente vítima de cancro pulmonar, será notória através da oxigenoterapia é certo, mas esta terapia nunca de modo algum REABILITARÀ ou possibilitará a CURA DO CANCRO!

    Bom dia

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